sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Aécio investe ainda mais no Parque do Rio Doce considerado Reserva da Biosfera pela Unesco

BELO HORIZONTE (26/02/10) - O governador Aécio Neves e o vice-governador Antonio Anastasia inauguraram, nesta sexta-feira (26), as novas instalações do Parque Estadual do Rio Doce, localizado entre os municípios de Marliéia, Dionísio e Timóteo, no Vale do Aço. Foram R$ 3,5 milhões em obras de reforma e ampliação da infraestrutura do parque, consolidando-o como uma das unidades de conservação mais bem equipadas do país para o turismo ecológico, pesquisas científicas, educação ambiental e combate a incêndios florestais.




“Estamos inaugurando o mais bem equipado parque florestal do país, o Parque do Rio Doce. Primeira reserva florestal protegida de Minas Gerais, ele é hoje um exemplo daquilo que está sendo feito em outras regiões do Estado, como no Ibitipoca, na região da Zona da Mata. Há hoje uma consciência ambiental nova em Minas, e é isso que nos traz aqui hoje”, disse Aécio Neves, em entrevista após a visita ao parque.



Os investimentos nas melhorias do Parque Estadual do Rio Doce contaram com recursos do Programa de Proteção da Mata Atlântica (Promata) – parceria entre o governo da Alemanha e o Governo de Minas – do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e do Instituto Estadual de Florestas (IEF).



Entre as melhorias feitas no parque estão a reforma do posto de fiscalização na estrada entre Marliéia e Pingo d’Agua, da unidade de apoio à Pesquisa e Fiscalização, o Centro de Treinamento, viveiros, galpão de sementes, posto de vigilância e alojamento para fiscais e pesquisadores, além do centro de visitantes.



“Esse parque que aqui está, mais do que a sua extraordinária estrutura, seja de pesquisa, educação ambiental, seja de lazer, significa que Minas Gerais assumiu e assume de forma muito clara a sua responsabilidade com a preservação da nossa biodiversidade. Nenhum outro estado brasileiro avançou tanto nas suas áreas protegidas”, disse o governador.



Participaram do evento, junto ao governador e vice-governador, ambientalistas de todo o país, que compõem a Rede de ONGs da Mata Atlântica, que participaram do “Encontro sobre a biodiversidade mineira”, executivos de empresas instaladas no Vale do Aço, acadêmicos e representantes da empresa Vale.



Pacto pela mata atlântica



Durante a solenidade no Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais aderiu ao Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, projeto que tem objetivo de recuperar 15 milhões de hectares até o ano de 2050 nos estados brasileiros. O pacto é um instrumento de articulação entre os projetos de instituições públicas e privadas, governos e empresas para gerar resultados na conservação da biodiversidade. O pacto é uma iniciativa da The Nature Conservancy, que reúne 16 organizações de todo o país.



“O Governo Aécio Neves, como vimos aqui, vem sendo aplaudido e reconhecido não só em Minas, mas no Brasil e até internacionalmente pela sua preocupação com o meio ambiete. A presença das entidades ambientalistas aqui é nesse sentido. O governador disse bem. Nós não conseguimos resolver 100% dos problemas e jamais alguém conseguirá. Mas avançamos muito positivamente, inclusive na consciência ecológica da população mineira da necessidade da preservação do meio ambiente”, disse Antonio Anastasia.



O Parque do Rio Doce abriga a maior área de Mata Atlântica de Minas em seus 36.970 hectares e é considerado Reserva da Biosfera pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). É um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica em Minas Gerais e um dos mais procurados por turistas. Em 2009 recebeu 18 mil visitantes.



No parque podem ser encontradas cerca de 10 mil categorias de espécies da Mata Atlântica. Já foram identificados 325 espécies de aves e 77 mamíferos, inclusive espécies ameaçadas de extinção como a onça-pintada, o macuco e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.



Lista de Zonas Úmidas



O Parque do Rio Doce recebeu também, durante a solenidade, o certificado de inclusão da Unidade na Lista de Zonas Úmidas de Importância Internacional, a Lista Ramsar. Será a primeira área de Minas Gerais e a nona do Brasil a fazer parte da lista. São consideradas zonas úmidas, áreas de pântanos e corpos de água, naturais ou artificiais, permanentes ou temporários.



O Parque Estadual do Rio Doce está inserido na região considerada o terceiro maior ecossistema lacustre do Brasil, perdendo apenas para o Pantanal e a Amazônia. A região possui 40 lagos naturais.



Educação



A Secretaria de Estado de Meio Ambiente lançou, durante a solenidade, o material técnico e educativo que será usado na implantação do Programa Ambientação em unidades de conservação do Estado, a começar pelo Parque do Rio Doce. O trabalho busca sensibilizar os funcionários públicos para as práticas ambientalmente corretas, buscando reduzir o uso de recursos naturais e estimular a destinação adequada dos resíduos.



“Esse parque, do qual todos devemos nos orgulhar, em importância biológica, transcende as fronteiras de Minas, para situar-se como uma das mais importantes unidades de conservação de mata atlântica do Brasil”, disse o secretário de Estado de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho.



O secretario afirmou que o Centro de Pesquisa do Parque do Rio Doce é o mais bem montado das unidades de conservação brasileira, onde mais de 100 trabalhos de pesquisa, de tese de mestrado e doutorado já foram realizadas sobre a biodiversidade da mata atlântica.



Unidades de Conservação



Desde 2003, houve aumento de 30% nas áreas verdes de proteção integral em Minas Gerais. O Estado possui 200 unidades de conservação, totalizando dois milhões de hectares de áreas protegidas, dos quais 515 mil são de máxima proteção. Os investimentos nas Unidades de Conservação nos últimos cinco anos superam R$ 230 milhões.



Somente nos últimos cinco anos, o IEF criou 506 mil hectares de novas áreas protegidas. Nessas unidades, além do turismo ecológico, ocorrem ações de educação ambiental e pesquisas científicas.



Além disso, o Governo de Minas está investindo R$ 43,3 milhões na melhoria de cem quilômetros de estradas que levam a sete parques estaduais implantados no Estado, por meio do programa “Melhoria de Acesso aos Parques". Esse investimento garante ao visitante um acesso de qualidade às belezas naturais dos parques. Por se tratar de áreas de preservação, estão sendo utilizados broquetes e calçamento, e não apenas asfalto.

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