quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Aécio Neves : "O Brasil não é para amadores"



"Brasil não é para amadores"

http://impresso.em.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2014/08/28/interna_politica,126011/brasil-nao-e-para-amadores.shtml

Candidato do PSDB afirma que sua chapa é a mais preparada para assumir o comando do país


Marcelo da Fonseca


"Quando o PT tentou barrar a criação do partido de Marina, eu, do PSDB, fui um dos políticos que atuaram para impedir a manobra do PT. Isso não é atitude de quem teme Marina. Nós estamos mais preparados para assumir o país" - Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República, que ontem lançou, em São Paulo, portal na internet destinado à mobilização de voluntários


O candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves, criticou a candidata Marina Silva (PSB) ontem, ao afirmar que governar o Brasil “não é para amadores”, e avaliou que ainda não é possível conhecer as propostas da ex-ministra do Meio Ambiente. O tucano inaugurou, na manhã de ontem, em São Paulo, o portal de internet Vamos agir, site destinado à mobilização de voluntários que apoiam sua candidatura. Na parte da tarde, Aécio participou de sabatina no Grupo Estado e voltou a alfinetar Marina, citando que a chapa encabeçada por ele está “muito mais preparada para assumir o país e mudar o quadro criado pela atual administração”. Afirmou ainda que seu partido “faz oposição ao PT há muito tempo e não mudou de lado”.


Perguntado sobre uma declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de que ele gostaria de ter a participação de Marina Silva em um eventual governo do PSDB, Aécio afirmou que não pretende buscar referências em outros grupos políticos. “Até por respeito a uma candidata que disputa as eleições, não vou convocá-la para meu governo. O que Fernando Henrique quis dizer é que acreditamos muito na nossa vitória e que temos um projeto para o Brasil. Não vamos buscar emprestada a referência de outros grupos políticos para conduzir nosso governo”, afirmou o tucano. Sem citar diretamente a adversária do PSB, Aécio disse não acreditar em “mudanças de última hora”.


Apesar das críticas veladas à candidata que substituiu o ex-governador Eduardo Campos na disputa pelo Palácio do Planalto, Aécio ressaltou que foi um dos defensores no Congresso da criação da Rede Sustentabilidade, partido que a ex-senadora tentou criar no ano passado, mas não conseguiu validar as assinaturas mínimas exigidas pela legislação eleitoral a tempo de concorrer ao pleito deste ano. “A presença de Marina (na eleição) é importante. Quando o PT tentou barrar a criação do partido dela, eu, do PSDB, fui um dos políticos que atuaram para impedir a manobra do PT. Isso não é atitude de quem teme Marina. Nós estamos mais preparados para assumir o país”, disse o candidato do PSDB.


‘PEÇA DE FICÇÃO’ O candidato do PSDB também atacou a gestão petista, que, segundo ele, continua sendo seu principal alvo durante a campanha. Aécio criticou a falta de capacidade em reconhecer equívocos e problemas do governo federal e afirmou que o país não tem mais credibilidade no cenário econômico internacional, o que prejudica os investimentos. “O governo acha que não tem inflação, que ela está igual à de 10 anos atrás. Acha que a saúde melhorou muito, que a questão da segurança não é responsabilidade dele e que o emprego gerado é suficiente. O Brasil não suporta mais quatro anos de um governo que perdeu a capacidade de reconhecer seus equívocos”, disse o tucano.


Ao comentar a indicação de Arminio Fraga para a pasta da Fazenda em um eventual governo tucano, Aécio explicou que o ex-presidente do Banco Central é um dos quadros da legenda que vão resgatar a confiança na futura administração e mostrar suas propostas para retomar o crescimento. Ele criticou a falta de transparência nos dados divulgados pelo Planalto nos últimos anos e disse considerar o orçamento elaborado pelo governo uma “peça de ficção”. “Grande parte dessa perda crescente da confiança e credibilidade do Brasil vem da pouca transparência dos dados oficiais. Por exemplo, o superávit que tivemos no ano passado não foi algo que teremos este ano. Então, é um superávit que não se sustenta. O orçamento hoje é uma grande peça de ficção”, criticou Aécio.

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