segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Desiludidos prefeitos se encontram com Dilma. Choque de Gestão de Aécio é a saída



Prefeitos de todo o país têm um encontro, nesta semana, com a presidente da República, ocasião em que o governo pretende lhes apresentar seus programas para o município. Em vias de ser candidata à reeleição, a presidente certamente procurará ser amável com seus convidados.


Estes, no entanto, têm poucas ilusões, embora alimentem esperanças. Como afirmou um deles, estão muito desacreditados. O noticiário deste início de ano é fortemente negativo tanto para os que assumiram quanto para os que deixaram a administração de seus municípios.

Muitos dos que saíram deixaram suas prefeituras com o caixa zerado ou pior, com dívidas a pagar. Várias tiveram bloqueado o repasse de janeiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) porque os antigos gestores deixaram de pagar as últimas contribuições ao INSS.

Em muitos casos, os novos prefeitos nem receberam a prefeitura dos ex-prefeitos. Não foi observado, como deveria, um período de transição, no qual o antigo e o novo governo compartilhariam a administração nos dois últimos meses. Em nível municipal, seria querer demais.

Para não ficarem atrás, prefeitos iniciaram suas gestões praticando nepotismo, com nomeação de parentes para cargos de confiança. O fato reflete o baixo nível profissional e moral das administrações municipais, o que indica que seus titulares terão ainda muito o que aprender.

Apesar disso, os novos prefeitos vão à presidente com reivindicações justas, como a renegociação da dívida com a União, o aumento do repasse do FPM e o fim da redução do IPI. Para grande parte dos municípios, o FPM é a principal fonte de recursos com que contam.

É preciso que os prefeitos também façam a sua parte, adotando gestões mais profissionais. Confiantes nos repasses da União, muitas administrações não arrecadam ou arrecadam mal os impostos devidos por seus cidadãos, assim se eximindo da devida prestação de serviço.

O governo do Estado tem razão quando recomenda um choque de gestão aos municípios



O Tempo

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